A Copa do Mundo FIFA Sub-20 de 1981 foi a terceira edição do torneio organizado pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) e disputado na Austrália entre os dias 3 e 18 de outubro com a participação de 16 seleções. A Alemanha Ocidental conquistou o seu primeiro título ao vencer o Qatar por 4–0 na final.
Uma das favoritas ao título, a Seleção Brasileira era comandada pelo ex-centroavante Vavá, que acumulava o cargo com o de auxiliar de Telê Santana na equipe principal. No elenco, alguns jogadores que chegariam a disputar Copas do Mundo pelo Brasil. Era o caso do zagueiro Mauro Galvão (do Internacional) e de dois outros que também estariam no Mundial do México, dali a seis anos, mas em posições diferentes: o volante bugrino Júlio César (mais tarde, zagueiro) e o meia-direita botafoguense Josimar (mais tarde, lateral-direito).
Além deles, vários jogadores com extensa carreira em grandes clubes do futebol brasileiro, como o goleiro Pereira, os laterais Paulo Roberto e Nelsinho, o meia Leomir, o ponta-direita Cacau, o centroavante Ronaldo Marques e o ainda muito jovem armador Geovani – que não seria utilizado, mas arrebentaria dali a dois anos no Mundial seguinte da categoria. Também integrava aquela equipe o ponta-esquerda Djalma Baía, revelação do Matsubara que viria a falecer dois anos depois em acidente automobilístico quando defendia a Portuguesa.
Seria exatamente esta Seleção Brasileira que cruzaria o caminho dos catarianos nas quartas de final, num jogo histórico para o futebol do pequeno emirado. Apertando a saída de bola e marcando individualmente (o que irritou os jogadores brasileiros), o time do Catar abriu o placar aos 10 minutos, quando o zagueiro Luiz Antônio não conseguiu cortar um lançamento, e a bola sobrou para o atacante Khalid Salman, que vinha na corrida e finalizou sem chances para Pereira.
O Brasil empataria aos 28 com Ronaldo Marques. O centroavante do Flamengo recebeu passe de Josimar e encheu o pé acertando o ângulo do estático Al-Majed, o substituto do lesionado Ahmed Yunes no gol. Mas no começo da etapa final, o Catar passou à frente outra vez após ótima jogada do ponteiro Ali Zaid: o camisa 12 desceu pela direita, driblou Mauro Galvão e limpou toda a defesa brasileira, antes do chute forte de Khalid Salman, que marcou seu segundo gol.
A Seleção Brasileira voltou a empatar aos 34, novamente com Ronaldo Marques, cabeceando firme uma cobrança de escanteio após saída em falso de Al-Majed. Mas cinco minutos depois, o árbitro marcou pênalti para o Catar num toque com o braço do zagueiro Luiz Antônio. Khalid Salman se apresentou e chutou no canto oposto de Pereira, marcando pela terceira vez na partida e concretizando uma improvável vitória dos catarianos.
Mas o jogo terminou em confusão: revoltado com a arbitragem (que também havia anulado outro gol de Ronaldo Marques), o jornalista Orlando Duarte, chefe da delegação brasileira, invadiu o gramado para tirar satisfações com o árbitro, acompanhado por alguns jogadores (que acabariam levando um gancho da Fifa para partidas internacionais), e sob vaias da torcida australiana. (Fonte: trivela.uol.com.br) |
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