Técnico: Claudio Coutinho

Nome: Cláudio Pêcego de Moraes Coutinho Alcunha: Coutinho
Data / Nascimento: 5 de Janeiro de 1939 Cidade: Dom Pedrito (RS)
Federação: Confederação Brasileira de Desportos (CBD)
Período: de 3 de Março de 1977 à 31 de Outubro de 1979
Títulos Conquistados: Nenhum
Falecimento: 27 de Novembro de 1981, Rio de Janeiro

Jogos Vitórias Empates Derrotas Jogos Vitórias Empates Derrotas
31 17 11 3 14 10 4 0
Jogos Oficiais Jogos Não-Oficiais

Todos os Jogos na Seleção Brasileira
Data Competição Cidade Placar Adversários
1 03/03/1977 Amistoso Não-Oficial Rio de Janeiro BRA 6 x 1 Comb. Vasco-Botafogo Site
2 09/03/1977 Eliminatórias Rio de Janeiro BRA 6 x 0 Colômbia Site
3 13/03/1977 Eliminatórias Assunção BRA 1 x 0 Paraguai Site
4 20/03/1977 Eliminatórias Rio de Janeiro BRA 1 x 1 Paraguai Site
5 05/06/1977 Amistoso Não-Oficial Rio de Janeiro BRA 4 x 2 Seleção Carioca Site
6 08/06/1977 Amistoso Rio de Janeiro BRA 0 x 0 Inglaterra Site
7 12/06/1977 Amistoso Rio de Janeiro BRA 1 x 1 Alemanha Ocidental Site
8 16/06/1977 Amistoso Não-Oficial São Paulo BRA 1 x 1 Seleção Paulista Site
9 19/06/1977 Amistoso São Paulo BRA 3 x 1 Polônia Site
10 23/06/1977 Amistoso Rio de Janeiro BRA 2 X 0 Escócia Site
11 26/06/1977 Amistoso Belo Horizonte BRA 0 x 0 Iugoslávia Site
12 30/06/1977 Amistoso Rio de Janeiro BRA 2 x 2 França Site
13 10/07/1977 Eliminatórias Cali BRA 1 x 0 Peru Site
14 14/07/1977 Eliminatórias Cali BRA 8 x 0 Bolívia Site
15 12/10/1977 Amistoso Não-Oficial Rio de Janeiro BRA 3 x 0 AC Milan/ITA Site
16 12/03/1978 Amistoso Não-Oficial Niterói BRA 7 x 0 Seleção Carioca Site
17 19/03/1978 Amistoso Não-Oficial Goiânia BRA 3 x 1 Seleção Goaina Site
18 22/03/1978 Amistoso Não-Oficial Curitiba BRA 1 x 0 Seleção Paranaense Site
19 01/04/1978 Amistoso Paris BRA 0 x 1 França Site
20 05/04/1978 Amistoso Hamburgo BRA 1 x 0 Alemanha Ocidental Site
21 10/04/1978 Amistoso Não-Oficial Jeddah BRA 6 x 1 Al Ahli/ASA Site
22 13/04/1978 Amistoso Não-Oficial Milão BRA 2 x 0 Internazionale/ITA Site
23 19/04/1978 Amistoso Londres BRA 1 x 1 Inglaterra Site
24 21/04/1978 Amistoso Não-Oficial Madrid BRA 3 x 0 Atletico Madrid/ESP Site
25 01/05/1978 Amistoso Rio de Janeiro BRA 3 x 0 Peru Site
26 13/05/1978 Amistoso Não-Oficial Recife BRA 0 x 0 Sel. Pernambucana Site
27 17/05/1978 Amistoso Rio de Janeiro BRA 2 x 0 Tchecoslováquia Site
28 25/05/1978 Amistoso Não-Oficial Porto Alegre BRA 2 x 2 Seleção Gaúcha Site
29 03/06/1978 Copa do Mundo Mar del Plata BRA 1 x 1 Suécia Site
30 07/06/1978 Copa do Mundo Mar del Plata BRA 0 x 0 Espanha Site
31 11/06/1978 Copa do Mundo Mar del Plata BRA 1 x 0 Áustria Site
32 14/06/1978 Copa do Mundo Mendoza BRA 3 x 0 Peru Site
33 18/06/1978 Copa do Mundo Rosario BRA 0 x 0 Argentina Site
34 21/06/1978 Copa do Mundo Mendoza BRA 3 x 1 Polônia Site
35 24/06/1978 Copa do Mundo Buenos Aires BRA 2 x 1 Itália Site
36 17/05/1979 Amistoso Rio de Janeiro BRA 6 x 0 Paraguai Site
37 31/05/1979 Amistoso Rio de Janeiro BRA 5 x 1 Uruguai Site
38 21/06/1979 Amistoso Não-Oficial São Paulo BRA 5 x 0 Ajax Amsterdam/HOL Site
39 05/07/1979 Amistoso Não-Oficial Salvador BRA 1 x 1 Seleção Baiana Site
40 26/07/1979 Copa América La Paz BRA 1 x 2 Bolívia Site
41 02/08/1979 Copa América Rio de Janeiro BRA 2 x 1 Argentina Site
42 16/08/1979 Copa América São Paulo BRA 2 x 0 Bolívia Site
43 23/08/1979 Copa América Buenos Aires BRA 2 x 2 Argentina Site
44 24/10/1979 Copa América Assunção BRA 1 x 2 Paraguai Site
45 31/10/1979 Copa América Rio de Janeiro BRA 2 x 2 Paraguai Site
Data Competição Cidade Placar Jogos contra a Seleção
1 06/10/1976 Amistoso Rio de Janeiro BRA 0 x 2 C.R. Flamengo/RJ Site
2 30/01/1977 Amistoso Rio de Janeiro BRA 1 x 1 Combinado Fla-Flu Site
Retrospécto Geral
Competição Jogos Vitórias Empates Derrotas GP GC %
Amistosos Não-Oficiais 14 10 4 0 44 9 85 %
Amistosos Oficiais 13 7 5 1 26 7 46 %
Eliminatórias 5 4 1 0 17 1 90 %
Copa do Mundo 7 4 3 0 10 3 79 %
Copa América 6 2 2 2 10 9 50 %
Total Geral 45 27 15 3 107 29 47 %
Jogos Não-Oficiais 14 10 4 0 44 9 89 %
Jogos Oficiais 31 17 11 3 63 20 71 %

.:: Seleção Olímpica ::.
Data Competição Cidade Placar Adversários
1 30/06/1976 Amistoso Katowice (POL) BRA 0 x 3 Polônia
2 18/07/1976 Jogos Olímpicos Toronto (CAN) BRA 0 x 0 Alemanha Oriental Site
3 20/07/1976 Jogos Olímpicos Montreal (CAN) BRA 2 x 1 Espanha Site
4 25/07/1976 Jogos Olímpicos Toronto (CAN) BRA 4 x 1 Israel Site
5 27/07/1976 Jogos Olímpicos Toronto (CAN) BRA 0 x 2 Polônia Site
6 29/07/1976 Jogos Olímpicos Montreal (CAN) BRA 0 x 2 União Soviética Site
• O Brasil Terminou os Jogos Olímpicos em 4º Lugar. Perdeu a Medalha de Bronze para Rússia;

Coutinho Na Seleção: Com a extinta CBD sob direção de João Havelange, figura próxima do regime, Coutinho, prestigiado nas fileiras militares, chegou à seleção brasileira como preparador físico da equipe de Admildo Chirol na Copa de 70. Até o fatídico acidente nas Ilhas Cagarras, o “Capitão” pensou o futebol. Treinou a seleção peruana, foi à Copa de 74 como supervisor do Brasil, passou pelo Olimpique de Marselha e, diante da recusa de Zizinho, comandou o time olímpico em Montreal. (Fonte: O Globo)

Contratado pela CBD em princípio só até o fim da primeira etapa das Eliminatórias, Coutinho mantinha seu posto no Flamengo, comandando o time também durante todo o Campeonato Carioca de 1977. O Vasco, porém, foi um adversário quase imbatível naquele torneio e, depois de conquistar o primeiro turno, levantou também o segundo – e o título de forma direta – no fim de setembro, após derrotar o Fla nos pênaltis em jogo extra.

A partir de então, passou a ser exclusivo da CBD, com Jaime Valente, ex-zagueiro rubro-negro dos anos 60, assumindo o posto em caráter definitivo na Gávea e dirigindo a equipe no Brasileiro daquele ano, que se estendeu até março de 1978. Em seguida, Jaime acabou recebendo proposta do futebol árabe, passando o cargo para outro ex-jogador rubro-negro, Joubert, que foi o responsável pela condução do time durante o turbulento Brasileiro de 1978.

Enquanto isso, Coutinho enfrentava período igualmente turbulento na Seleção, criticado por suas escolhas, por suas inovações e até por seu vocabulário. A imprensa, em especial a paulista, fazia piada de expressões como “overlapping” (que nada mais era do que a passagem do lateral no apoio pelo corredor aberto quando os pontas fechavam pelo meio), ”ponto futuro” (ou, o local onde o jogador deveria estar para receber a bola num lançamento) e “polivalente” (atribuída ao atleta versátil, capaz de executar mais de uma função em campo).

Enquanto era acusado de tolher a criatividade do futebol brasileiro com esquemas táticos e de sucumbir a pressões dos altos escalões da CBD na escalação do time, Coutinho viu a Seleção começar mal no Mundial da Argentina, mas se recuperar ao longo da competição, ainda que sem chegar a mostrar um futebol vistoso – raro naquela Copa como um todo, aliás. Só que o título ficou com os donos da casa, em meio a suspeitas.

Na última rodada da segunda fase, disputada em formato de grupos, o Brasil bateu a Polônia por 3 a 1 e aguardou o jogo da Argentina com o Peru, marcado para horas depois. A Albiceleste precisava vencer por quatro gols de diferença para avançar e, num jogo sobre o qual muito ainda se fala, goleou por 6 a 0, passando à final. Depois da vitória sobre a Itália por 2 a 1 que deu ao Brasil o terceiro lugar, um irritado Coutinho defendeu sua equipe lançando outra expressão que marcaria sua passagem pela Seleção: Nós somos os campeões morais desta Copa.

Coutinho também seguiu seu trabalho na Seleção em 1979. E iniciaria um processo de renovação muitas vezes esquecido ou ignorado. Em maio daquele ano, quando o escrete entrou em campo para seu primeiro jogo oficial desde a Copa, lá estava um quarteto de estreantes que se firmaria no time pelos anos seguintes: o rubro-negro Júnior, Falcão, Sócrates e Éder. O Brasil arrasou Paraguai, Uruguai e o Ajax holandês em amistosos que valeriam como preparação para a Copa América daquele ano, disputada sem sede fixa, em jogos de ida e volta e por vários meses.

No torneio sul-americano, a Seleção avançou na primeira fase num grupo em que também estava a campeã do mundo Argentina, que apresentava um novato chamado Diego Maradona, e a Bolívia, que mandou seus jogos na altitude de La Paz. No entanto, nas semifinais contra o Paraguai, o time perdeu Zico – na época fora de ação após se lesionar num jogo do Fla contra o Goytacaz pelo Carioca – e acabou eliminada.

Os guaranis avançariam à final e conquistariam a Copa América pela segunda vez em sua história. Cláudio Coutinho, por sua vez, deixaria de vez o comando da Seleção em fevereiro do ano seguinte, quando o novo presidente da recém-criada CBF, Giulite Coutinho, anunciou Telê Santana para o cargo.

A Morte de Coutinho:
Na manhã daquele dia 27 de novembro de 1981, Coutinho saíra para praticar outro de seus esportes favoritos: a pesca submarina. Havia prometido trazer um peixe para um jantar com amigos, entre eles Júnior. Mergulhava em apneia, ou seja, sem a ajuda de cilindros de oxigênio. Quando conseguiu arpoar uma garoupa, não percebeu que o ar inspirado na superfície se transformara em gás carbônico em seu corpo. Perdeu os sentidos e se afogou. Morreu sem sentir.

A notícia caiu como uma bomba entre jogadores, dirigentes e comissão técnica do Flamengo, que se preparava para disputar a decisão do Estadual contra o Vasco, a começar dentro de dois dias. Carpegiani, trazido pelo treinador à Gávea em 1977, chorou convulsivamente. Entre os jogadores, o clima era de incredulidade geral. O clube decretou luto oficial de três dias. A morte, porém, não comoveu apenas os rubro-negros, mas o futebol brasileiro como um todo.

Sempre recebi as maiores atenções do Coutinho. Inclusive, ele me colocou à disposição o seu arquivo sobre futebol internacional e me prestou todas as informações sobre a Seleção Brasileira, quando o substituí”, lembrou Telê Santana. Então goleiro do Grêmio, Leão comentou: “Acho que o futebol brasileiro pode ser dividido em duas etapas. Antes e depois de Cláudio Coutinho. Ele foi um treinador que viu muito além daquilo que se julga comum.

Ao velório, realizado na antiga sede do Flamengo no Morro da Viúva, estiveram presentes colegas treinadores como Carlos Alberto Silva e Oswaldo Brandão, que viera de São Paulo especialmente para se despedir. Milhares de torcedores rubro-negros seguiram o cortejo até o cemitério do Caju, onde Coutinho foi enterrado com a bandeira do clube. A torcida que melhor o compreendeu não lhe poupou carinho e emoção na despedida. (Crédito: www.flamengoalternativo.wordpress.com)

Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho unigênito, para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3.16)
Brasil
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For God so loved the world, that he gave his only begotten Son, that whosoever believeth in him should not perish, but have everlasting life. (John, 3:16)

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